quarta-feira, 8 de abril de 2015

Viajando no Eu...



                                   

Gostaria de falar um pouco sobre o filme “Livre”, nome em português, estrelado pela maravilhosa Reese Withersoon e também um documentário que assisti chamado, "Malucos de Estrada II" , dirigido por Rafael Lage.

Gostei muito, especialmente, porque corre em minha veia um pouco do sangue nômade e aventureiro dos meus pais, que eram “hippies”, (eis a explicação para o meu nome!)

O filme, que é baseado em uma história real conta sobre a vida de Cheryl Strayed, que depois de perder mãe, ela mesma se perdeu na heroína e arruinou seu casamento com inúmeras traições devido ao seu comportamento promíscuo e autodestrutivo.
Com tantos percalços pelo caminho, ela resolve embarcar em uma jornada pela Costa do Oceano Pacífico em uma trilha de 4.200 Km a pé e sozinha. Nessa jornada ela faz uma profunda reflexão sobre a sua trajetória até ali.

Traçando um paralelo ao documentário “Malucos de Estrada”, em que se vê relatos de artesãos e artistas de ruas que sobrevivem dia a dia ao relento e expostos a todos os intepéries do tempo e da vida, mas declaram não se renderem ao sistema moldado pelo capitalismo em que as pessoas vivem e trabalham para alimentá-lo e algumas estrangulam e sufocam o verdadeiro desejo de ser “livre”.

As duas abordagens me levaram a refletir um pouco, sobre como é necessário um tempo para nós mesmos, ou seja, precisamos dar uma pausa, em algum momento de nossas vidas para um mergulho em nosso interior e fazermos um balanço da nossa trajetória até ali.

Não é que eu vá jogar tudo para o alto e sair por aí com a minha bike e me tornar uma maluca de estrada rs...

Mas, embarcarmos em uma jornada, às vezes é necessário para que possamos nos resolver, nos dar com os nossos traumas e até mesmo superarmos nossos limites e assim como diz um trecho do filme: “Se lhe faltar coragem, vá além dela.”

Acredito que seja uma experiência libertadora!!

E os destinos são muitos: Caminho de Santiago de Compostella, Machu Picchu, deserto de Atacama... É só escolher!

-E aí, já traçou a sua jornada?


Segue o trailler do filme como inspiração e o link para o documentário está acima...
 
 

Um comentário:

  1. Marlua. Sua frase: "corre em minha veia um pouco do sangue nômade e aventureiro dos meus pais" mostrado como exemplo, no filme Livre e no documentário Malucos de Estrada, fez-me lembrar da letra da música cantada pela Elis Regina (1945-1982): Como Nossos Pais (1976). "Minha dor é perceber. Que apesar de termos. Feito tudo o que fizemos. Ainda somos os mesmos. E vivemos. Ainda somos os mesmos. E vivemos. Como nossos pais. Imagino que a letra não insinua um saudosismo negativo, nem pressupõe pejorativamente a ascendência parental. Mas pondera de forma positiva a herança genética adquirida como vínculo social, expressa no comportamento e personalidade em que nos relacionamos social, cultural, e espiritualmente. Eles tem a Centelha Divina primordial incluída em todos os seres existentes. Assim somos semelhantes, mas por outro lado, somos únicos e singulares responsáveis pela nossa própria evolução espiritual. A bíblia diz: "honra a teu pai e a tua mãe que é o primeiro mandamento com promessa". A memória de nossos antepassados permanecem vivas em nossos corações. Até a próxima.

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